sábado, 30 de julho de 2011

Mono

O mono é uma dança do fandango de São Paulo. São oito pares dispostos em fileiras fronteiras, alternando-se um homem e uma mulher, em cada fileira, sem se enlaçarem.

Durante o canto, valsando e balanceando, os pares trocam e destrocam de posição.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - São Paulo - 1998 - 2aq. Edição.

Monada

A monada é uma dança do fandango valsado de São Paulo, semelhante ao enfiado.

Foi presenciada por Alceu Maynard Araújo, em 1947, no município de Xiririca (atual Eldorado Paulista) SP.

Supõe-se que a palavra é de origem espanhola, significando “rica”, “preciosa”.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - São Paulo - 2a. Edição - 1998.

Modinha

A modinha é uma canção lírica, sentimental, derivada da moda portuguesa. Nos fins do século XVIII, em Portugal, a palavra moda tomou sentido genérico e com ela se designavam árias, cantigas ou romances de salão.

A voga que essa música vocal de salão adquiriu no reinado de Maria I se traduziu no trocadilho que se tornou de uso comum entre cronistas da época, “era moda, na corte de Maria I, cantar a moda”, cujos autores eram músicos de escola formados na Itália: João de Sousa Carvalho, Leal Moreira e Marcos Portugal

Quebrando o formalismo dessas modas cortesãs, surgiu nos serenins dos palácios de Bemposta, de Belém ou de Queluz, Portugal, a figura do brasileiro Domingos Caldas Barbosa (?1740—1800), poeta e tocador de viola. Protegido dos marqueses de Castelo Melhor, Caldas Barbosa, o Lereno da Nova Arcádia, sofreu a reação violenta dos poetas e escritores portugueses da época, principalmente Bocage, Filinto Elísio e Antônio Ribeiro dos Santos, que chegou a considerar sua presença como indício da dissolução dos costumes da corte portuguesa.

Moda-de-viola

A moda de viola é uma expressão da música rural brasileira que se destaca como sendo seu maior exemplo, entre outros ritmos e estilos formados a partir das toadas, cantigas, viras, canas-verdes, valsinhas e modinhas, união de influências européias, ameríndias e africanas.

Com uma estrutura que admite solos de viola e versos longos, intercalados por refrões, com letras extensas e que contam fatos históricos bem como acontecimentos marcantes da vida das comunidades onde são feitas, as modas de viola ganham vida independente do catira. 

A métrica geralmente é de sete sílabas (redondilha maior), aparecendo por vezes a de cinco sílabas (redondilha menor).

Deu origem a vários outros ritmos como a música caipira, música sertaneja, música de raiz, dentre outras.

Vários compositores, como os paulistas Teddy Vieira (da cidade de Itapetininga) e Lourival dos Santos (da cidade de Guaratinguetá), ambos falecidos e que foram bastante ativos entre os anos 50 e 60, se esmeraram neste gênero musical.

Nos dias atuais, os mineiros Zé Mulato & Cassiano estão entre os bons compositores e cantadores de modas de viola.

Fonte: Wikipédia.

Moda

A "moda" é uma palavra que em Portugal e no Brasil tem o significado genérico de canto, melodia ou música. Também designa no Brasil um tipo de canção rural, a moda-de-viola, ao que parece limitado aos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e Rio de Janeiro.

Pela natureza dos seus textos, em maioria absoluta as modas são legítimos romances, narrativas de fatos que impressionam a imaginação popular, casos de todo gênero, descrição satírica de costumes, histórias divertidas de bichos. Mais raramente, são líricas e amorosas.

Há também modas de um tipo que quase se poderia chamar surrealista, absolutamente desinteressadas da inteligibilidade lógica. A estas os caipiras dão o nome de moda-de-patacoada, isto é, de absurdo, de tolice.

Moçambique

Moçambique no Vale do Paraíba, São Paulo - 1991
O moçambique é uma dança dramática ou folguedo de origem negra e de assunto guerreiro. Tem coreografia bastante parecida com a das danças de combate das congadas.

O moçambique ocorre em São Paulo por ocasião das festas do Divino Espírito Santo, e em Goiás e Minas Gerais nas festas de Nossa Senhora do Rosário.

Rossini Tavares de Lima assinala que em São Paulo o folguedo aparece em qualquer época — geralmente nas grandes festas das cidades em cujos arredores se encontrem “companhias” (nome dos conjuntos). Em Taubaté e Aparecida do Norte SP, assiste- se a essa dança dramática aos sábados à noite e aos domingos. A autoridade principal é o mestre: dirige a música, a dança e zela pela moral do terno. É quem faz escolha dos personagens, que podem ser: rei, rainha ou princesa, general, capitão, contramestre, meirinho, capitão de linha, capitão de tiro e vida ou pontal.

Miudinho

O miudinho é uma dança dos salões aristocráticos do tempo da Regência, e mais tarde passada aos salões populares, já então com coreografia de par enlaçado.

Depõe Renato Almeida: “O miudinho é dança e um dos passos dos sambas. Eu mesmo tive ocasião de ver, na Bahia, as mulheres o dançarem em sambas-de-roda, de modo prodigioso. Avançam como se fossem bonecos de mola, com o corpo imóvel e um movimento quase imperceptível de pés, num ritmo rápido e sempre igual”.

Segundo Luís da Câmara Cascudo, “o miudinho era espécie de maxixe, já citado em 1832”.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Mineiro-pau

Mineiro-pau é uma dança de roda, uma das mais populares danças de pares soltos no Nordeste e  Cen tro do Brasil.

Assemelha-se à cana-verde (pelas virasdas de um lado para o outro), ao cateretê (pelo ritmo marcado com palmas) e ao batuque (pela menção das umbigadas).

Os participantes cantam em coro quadrinhas de qualquer assunto, intercalando cada verso com o estribilho: "Mineiro-pau! Mineiro-pau!".



Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.