quarta-feira, 8 de junho de 2011

Guanazamba


O guanazamba é um grande atabaque, com 100 a 120 cm de comprimento, às vezes 150, e diâmetro aproximado de 40 cm, usado no acompanhamento da dança "tambu" ou jongo e do batuque em São Paulo.

O tocador senta-se sobre ele, batendo em cheio com as mãos, produzindo um som cavo, grave. Também conhecido com os nomes de caxambu, joão, pai-joão, pai-toco e tambu.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Guaiá

Maracá cubana de porongo
O guaiá é um instrumento folclórico de percussão, chocalho de origem africana. Espécie de maracá, feito antigamente de cuietê ou porongo (cabaça), é hoje fabricado com folha-de-flandres, em forma de dois cones ligados pela base, com um cabo oco.

Aparece também sob a forma de um caneco de latão tampado, com uma asa, ou então de uma cestinha de taquara, com alça, tendo às vezes uma chapa de latão numa das faces. Contém sementes, pedrinhas ou bolinhas de chumbo.

Em são Paulo é usado preferencialmente no jongo, batuque e samba-lenço. Sua função, quando balançado, é parar o ponto cantado ou dar um sinal para outro cantador recomeçar a música, com novo ponto ou desatando o anterior. Também chamado chocaio, angóia, anguaía, mineiro.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha

Guabiroba

A guabiroba é uma das danças do fandango valsado, encontrada em Picinguaba e Ubatuba, Estado de São Paulo.

Segundo o  iDicionário Aulete é "dança do fandango parecida com o cateretê".

Fontes: iDicionário Aulete; Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora - Publifolha - 1998.

Grupo-das-baianas

O grupo-das-baianas, também conhecido como baianá, é um conjunto de moças pobres da cidade que dançam em locais denominados “cercados” e “latadas”.

De provável origem baiana, esses grupos existem nas regiões açucareira e jangadeira do Nordeste (Alagoas, Rio Grande do Norte) e também em São Paulo e Minas Gerais. Nestes dois Estados, sua aparição é explicada pelos grandes fluxos migratórios nordestinos.

Nascido provavelmente de uma mistura do pastoril com outras danças populares, o baianá apresenta maior riqueza musical do que coreográfica: suas melodias são alegres e divertidas, com versos glosando fatos do momento. As figurantes dividem-se em dois partidos: o azul e o encarnado.

Há uma diretora, uma mestra com apito para dar ordens, uma contramestra e uma embaixadora. Agrupadas as baianas em duas colunas, posta-se à frente de uma a diretora, enquanto à retaguarda fica a embaixadora; à frente da outra coloca-se a mestra, ficando a contramestra como cerrafileira.

Também costumam formar duas colunas de cinco baianas, diretora e mestra entre as filas, esta à retaguarda e aquela à dianteira. Quando dançam nessa disposição, mestra e diretora trocam de lugar durante a dança, por entre as fileiras, numa das mais repetidas figurações do bailado. Durante as evoluções, que são bastante simples, as baianas vão cantando e requebrando no ritmo profano ditado pelo terno-de-zabumba. Os músicos ficam sentados num banco à frente do grupo de baianas.

Durante a apresentação há três intervalos, para que as dançarinas descansem. É quando a mestra passeia, dançando entre os assistentes, angariando prendas, que consistem em cédulas de dinheiro espetadas por alfinetes em sua roupa.

A importância final é dividida entre as baianas. Cada vez que a mestra apita, há a interrupção do som dos zabumbas, para que ela apresente a nova peça, que é então repetida pelas dançarinas, afirmando o canto e fazenaó com que o terno volte a tocar.

Rossini Tavares de Lima registrou no bairro de São Francisco, em São Sebastião (litoral norte de São Paulo), uma variante denominada baianas: consiste num grupo de homens vestidos de mulher, trazendo na cabeça uma moranga (espécie de abóbora) e uma toalha branca, dançando ao som de viola, rabeca e sanfona.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora

Grimas


 
Instrumento folclórico idiofone, de percussão por entrechoque. As grimas são pequenos paus roliços utilizados no cucumbi e maculelê da Bahia.

De diâmetro variado e cerca de 30 cm de cumprimento, são empregadas nas cenas de luta e de saudação ao rei.

São semelhantes aos utilizados na dança portuguesa dos pauliteiros de Miranda do Douro. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora

Graxaim

O graxaim é uma dança de origem portuguesa registrada nos meios rurais luso-catarinenses.

No Rio Grande do Sul sobrevive como cantiga apenas: nela é cantada a décima (história versificada) do personagem-bicho homônimo.

Segundo o site santosdumontg7 é "motivo vivo musi-coreográfico que animou os galpões e bailongos pastoris dos primeiros decênios do século 20, na região dos Campos de Cima da Terra. 

Deu razão ao surgimento de alegre e sacudido tema dançante e de rica décima, cantada, inspirada na figura do mamífero silvestre que tem popularmente esse nome. Baile de par enlaçado do folclore, com mais de uma música com esse título."

Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora; santosdumontg7.

Granzal

O granzal é um instrumento folclórico de percussão feito de folha-de-flandres.

É uma espécie de maracá grande com um corpo esférico, contendo chumbo grosso de munição, na extremidade de um cabo.

Usado para marcar os passos de certas danças populares, como o coco.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora

Graciana

A graciana é uma dança do fandango valsado em São Paulo.

A exemplo do que ocorre na cana-verde, os pares formam duas rodas concêntricas. Os versos são cantados pelos dançarinos, e os violeiros limitam-se a acompanhar os desafios. Na roda, um homem canta um verso e dá um giro em torno de si próprio, no que é imitado pela parceira.

A seguir, é a vez do casal à esquerda, e assim sucessivamente, até que todos os participantes tenham cantado. Para encerrar a dança, cada violeiro canta uma quadrinha. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Gonguê

O gonguê (ou gongué) é uma palavra oriunda do quimbundo (uma das línguas de Angola) ngonge, nome pelo qual veio a ser conhecido no Nordeste o agogô iorubano, de uma só campânula.

Também recebe essa denominação, no Rio Grande do Norte, um pequeno atabaque usado em várias danças, como zambê, bambelô.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora

Gongom

O gongom é um instrumento folclórico trazido para o Brasil pelos negros africanos, possivelmente o mesmo que agogô.

Não há maiores informações bibliográficas.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Ganzá (2)

O ganzá é uma dança observada por José Veríssimo no Amazonas.

A designação surgiu a partir do instrumento homônimo, espécie de tambor, que acompanha o bailado.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Ganzá

O ganzá é a designação de três instrumentos de percussão:

1) cilindro de madeira oca de um metro, com pele de boi esticada numa das extremidades, à guisa de tambor, usado na dança homônima no Amazonas;

2) o ganzá, canzá ou caracazá é uma espécie de maracá cilíndrico de folha-de-flandres, fechado, e com um cabo. No Norte e Nordeste apresenta ainda formas de ovo ou pêra. 

Genericamente, é um chocalho, recebendo os nomes de ameié (Bahia), pau-de-semente (Natal RN), xiquexique (Minas Gerais), xeque ou xeque-xeque (Amazônia e Nordeste) e xaque-xaque. Aparece como marcador de ritmo nas congadas, no coco (coco-de-ganzá, principalmente) e em várias outras danças;

3) Na Bahia, ganzá se aplica ao reco-reco, canzá ou caracaxá, apresentando variadas formas e materiais. Como chocalho, é às vezes usado no acompanhamento de gêneros de música popular, principalmente no samba tradicional.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora

Gambá (2)

O gambá é uma das danças da mana-chica. Também dança observada em Varginha, Minas Gerais.

No Amazonas é dança indígena semelhante ao lundu, na qual os homens, castanholando e sapateando, giram em torno das mulheres que simulam fugir a um abraço. A dança é acompanhada pelo instrumento gambá (atabaque) e tamborins, com os instrumentistas puxando o canto. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Gambá

O gambá é um instrumento folclórico de percussão, espécie de atabaque usado na dança homônima no Amazonas. 

É um cilindro de um metro de comprimento, feito de madeira oca, com uma pele de boi em uma das extremidades. Toca-se montado no instrumento, batendo com as mãos abertas na pele esticada.

Segundo o blog Culturarte e Pesquisa: "Enquanto instrumento, o Gambá é um tambor produzido do tronco oco de uma árvore e da pele de animais silvestres, por isso o nome curi m'bó em tupi, ou madeira ôca que era tocado deitado no chão com o batedor sentado em cima e usando as mãos como se fossem as baquetas, a forma tradicional usada hoje. Os batuques são acompanhados de cantoria, que exalta a flora e fauna amazônica e a dança, sem marcação definida, é improvisada com movimentos soltos."

Fontes: Culturarte e Pesquisa: Mostra de Cultura Popular do Amazonas; Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Galinha-morta

A galinha-morta é uma dança do fandango valsado do Rio Grande do Sul.

Segundo o Dicionário de Folclore Para Estudantes é "certa cantiga executada à viola ou ao violão (RS), e a dança que acompanha essa cantiga."

A Galinha Morta (João Simões Lopes Neto, 1865-1916)

Vou cantar a galinha morta:  /  Por cima deste telhado.
Viva branco, viva negro,  /  Viva tudo misturado!

Eu vi a galinha morta,  /  Agora, no fogo fervendo…
A galinha foi p´ra outro,  / Eu fiquei chorando e vendo!

Minha galinha pintada…  /  Ai! Meu galo carijó…
Morreu a minha galinha,  /   Ficou o meu galo só.

Minha Galinha pintada… / Com tão bonito sinal!
Meu compadre me roubou  /  Pelo fundo do quintal.

Minha galinha morta  /  Bicho do mato comeu:
Fui ao mato ver as penas,  /  Dobradas penas me deu.

A galinha e a mulher  /  Não se deixam passear:
A galinha o bicho come… / A mulher dá que falar!

Eu vi a galinha morta,  /  A mesa já estava posta;
Chega, chega, minha gente,  /  A galinha é p´ra quem gosta!

Minha galinha pintada,  /  Pontas d´asas amarelas:
Também serve de remédio  /  P´ra quem tem dor de canelas…

Fontes: Dicionário de Folclore Para Estudantes; Enciclopédia da Música Brasileira; Caldeirão Literário do Rio Grande do Sul.

Forró

O forró é uma abreviatura de forrobodó e forrobodança, de uso comum na imprensa pernambucana da segunda metade do século XIX, para designar o local onde acontecia determinado baile popular. 

O vernáculo é bem brasileiro, nada tendo a ver com "for all", como querem alguns descobridores de anglicismos.

Seu uso tornou-se comum na imprensa de Recife PE (América Ilustrada, nr. 25, 1882, e Mephistopheles, nr. 15, 1883), sendo classificado por Rodrigues de Carvalho (in Cancioneiro do Norte, Fortaleza, 1903) como “bailes da canalha” e por Pereira da Costa (in Vocabulário pernambucano, 1908) como “divertimento, pagodeira, festança”.

Folias

Folia de Reis, por exemplo, é um festejo de origem portuguesa ligado às comemorações do culto católico do Natal, trazido para o Brasil ainda nos primórdios da formação da identidade cultural brasileira, e que ainda hoje mantém-se vivo nas manifestações folclóricas de muitas regiões do país
 Folias são festas celebradas em homenagem a São Benedito, ao Espírito Santo (folia-do-divino) e aos Santos Reis (folia-de-reis).
Existentes em quase todo o país, consistem em bando de pessoas que, cantando, arrecadam donativos para a realização dessas festas.

Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora; Petiscoblog: Dia dos Santos Reis ou Folia de Reis.