domingo, 29 de maio de 2011

Dança dos quatis

A dança-dos-quatis é uma simulação de uma caçada de quati (animal mamífero carnívoro que vive na América tropical), encontrada em Goiás.

É dançada exclusivamente por homens, dispostos em duas alas, cada uma com um violeiro na extremidade. Tocam um rasgado e saem dançando e cantando, acompanhados pelas respectivas alas, fazendo voltas, reviravoltas, círculos. 

Os violeiros entoam quadras sempre acabadas em ou, enquanto os dançantes imitam o latir dos cães, gritando au-au-au.

A graça está no latir de cada um dos dançantes. Por fim, escolhem um assistente e todos começam a latir contra ele, que fica sendo o quati. Ver jogos coreográficos adultos.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Dança dos pajés

A dança-dos-pajés é uma dança dramática ou folguedo de inspiração ameríndia, com bailados e cantorias. Auto incluído entre os do ciclo de Natal.

Sua tradição se perdeu, tendo sido executado pela última vez em Icó, interior do Ceará, em 1837. Os índios, dançando e cantando, combatiam e matavam a personagem principal, uma serpente, representada por um imenso canudo de pano pintado de várias cores, mosqueado de negro, tendo no interior um homem que fazia os movimentos necessários. As cenas ruidosas e cheias de incidentes — lutas, caçadas, rastreamentos — procuravam rememorar a vida dos ameríndios.

Também conhecida como auto-dos-pajés.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Dança dos músicos

A dança-dos-músicos é a dança que participou da processão de trasladação do Santíssimo Sacramento da igreja do Rosário para a nova matriz de Vila Rica de Albuquerque (atual Ouro Preto) MG, realizada em maio de 1733.

Era executada pela corporação dos profissionais especializados em instrumentos de sopro, os choromeleiros (charameleiros), havia muito incorporados à corte portuguesa e cujo nome provém de um instrumento de sopro, a charamela. Ver danças das corporações de ofícios. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.

Dança dos jardineiros

A dança-dos-jardineiros é uma dança dramática ou folguedo, provavelmente extinto.

Há referências de sua realização no Rio de Janeiro RJ, no século XIX, durante as festas do Divino Espírito Santo.

Segundo Melo Morais Filho, os figurantes se vestiam a caráter e tal costume vinha das “grandiosas festas do tempo do Rei”.

Talvez isso indique uma reminiscência da danças das corporações de ofícios, tendo em vista seu próprio nome e a existência de outras danças semelhantes, como a dança-dos-alfaiates.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora

Dança dos facões

A dança do facão ou dança-dos-facões é dança popular no Rio Grande do Sul (Vacaria, Lagoa Vermelha, São Francisco de Paula) e em Santa Catarina, na região da cidade de Lages.

É dançada por par masculino, munido de dois facões afiados — o que exige agilidade e rapidez de reflexos. Parece ter raízes distantes nas danças de esgrima, em que são empregadas espadas ou facas.

Esse tipo de dança foi registrado na Ásia, Europa Oriental e África muçulmana, em regiões de aglomerados predominantemente masculinos. No Brasil encontram-se similares, existentes em Minas Gerais e Goiás.



Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora

Dança dos congos

A dança-dos-congos é citada por Guilherme de Mello como: “... se apresentam os ourives em forma de embaixada”, sem maiores detalhes.

Não se tem pormenores sobre a dança dos congos ou reisados dos congos na Bahia. Mas, sabe-se que, em 6 de junho de 1760, foi apresentada a dança dos congos no Paço do Conselho da cidade de Salvador, festejando-se o casamento da princesa real, D. Maria I, com D. Pedro III. O reinado do Congo se compunha, então, de mais de 80 máscaras, com fardas ornamentadas de ouro e diamantes.

As representações do Congo eram comuns em Portugal, durante as comemorações de Nossa Senhora do Porto. Na Bahia, atualmente, existe apenas o congo na cidade de Juazeiro, com adaptações que o afastam do formato tradicional, entoando cânticos em louvor à Virgem do Rosário, durante as suas comemorações, no último domingo do mês de outubro.

Fontes: http://carnaxe.com.br/dic/t/ternosdereis.htm; Enciclopédia da Música Brasileira.

Dança dos carijós

Frei Manuel
A dança-dos-carijós é uma dança que fazia parte da procissão realizada por ocasião dos festejos comemorativos da chegada à cidade de Mariana MG do primeiro bispo de Minas Gerais, d. Frei Manuel da Cruz, em 1748.

Era executada por onze mulatos jovens, nus da cintura para cima, com plumas cinzentas caídas até os joelhos, como se fossem uma saia; em torno da cabeça tinham penachos das mesmas plumas e outros ornamentos de papel pintado e lata retorcida; nos braços e pernas levavam fitas amarradas, lascas de madeira e guizos; nas mãos, arcos usados como instrumentos de percussão (preaca).

Ao som de tamboril, flautas e pífaros pastoris, tocados por mulatos mais velhos, cantavam toadas, ao mesmo tempo em que enredavam os arcos.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Balainha

A balainha é uma dança da região litorânea dos Estados do Paraná e de Santa Catarina. É citada com o nome dança-do-balainho, sem descrição, pelo folclorista Rossini Tavares de Lima.

Conhecida também com o nome de "arcos floridos" ou "jardineira", é desenvolvida com os pares de dançantes, cada um deles, sustentando um arco florido. 

No início, os pares em fileiras fazem movimento ondulante passando, ora por cima, ora por baixo dos arcos dos demais pares; formam depois grupos de quatro pares que, em círculo, intercruzam seus arcos no alto, armando assim as “balainhas”.

Ao final desmancham as “balainhas” e retornam à posição inicial, com movimentos sincronizados e sequenciais.



Fontes: Danças Folclóricas Brasileiras - Sul - Cantaiada e Poemia; Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.