terça-feira, 26 de abril de 2011

Caxixi

O caxixi é um instrumento folclórico de percussão do tipo chocalho. Consiste numa cestinha fechada, também chamada gongo, de forma cônica, com cerca de 10 cm de comprimento por uns 5 cm de diâmetro, contendo sementes, utilizada pelo tocador de urucungo no acompanhamento do jogo de capoeira e nos cultos de candomblé.
Como instrumento acompanhador dos cocos de Alagoas, recebe o nome de peneira. Esta já apresenta inovações: uma pequena cesta feita de cipó de titara, com fundo de folha-de-flandres, ou cabaça, toda fechada e cheia de caroços de chumbo.

Os cantadores enfiam os polegares na asa da peneira e batem com os outros dedos, o que provoca um ruído característico e que serve de acompanhamento ao coco. O mesmo que macaxixi, mucaxixi.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Caxambu (2)

O caxambu é uma dança sobre a qual há poucas referências. Semelhante ao batuque ou samba, tem nome originário provavelmente do tambor que acompanha a dança.
Não existem registros exatos sobre a região de seu aparecimento, somente vagas referências a Minas Gerais, São Paulo, Goiás.

Apresenta textos em dísticos (dois versos emparelhados), que um solista canta e a roda responde. Os dísticos são aos poucos elaborados pelos solistas e progressivamente retomados pela roda, até que atinjam sua forma definitiva. O acompanhamento é feito por tambores.

A umbigada não existe no caxambu; apenas uma simulação, por requebros do solista em frente a quem escolhe para substituí-lo.

Poética e musicalmente parece ligar-se ao samba rural de São Paulo, descrito por Mário de Andrade, e também ao jongo. De fato, em alguns lugares caxambu é tido como sinônimo de jongo. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora

Caxambu


O caxambu é um grande atabaque, de origem africana, que acompanha a dança do mesmo nome, aparecendo também em outras danças de São Paulo, Minas Gerais e Goiás, O mesmo que tambu.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Cavaquinho (2)

O cavaquinho é uma dança de fandango de São Paulo. Formados os pares, tem início o canto, e os cavalheiros ficam de cócoras e pulam, dançando nessa incômoda posição, sem tocar o solo com as mãos.

Valsando e balançando-se de um lado para o outro, as damas se acercam dos cavalheiros. No momento em que o violeiro canta “Eu também vô tirá o cavaco de pau”, os cavalheiros se levantam e formam com as damas pares enlaçados, que saem bailando. A seqüência toda é então repetida.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Cavaquinho

O cavaquinho é um instrumento cordofone que soa por dedilhado, menor que a viola, de grande popularidade como acompanhador e mesmo solista nas orquestras do povo.
O ponto é dividido em 17 trastos; tem quatro cordas de tripa ou de metal, afinadas normalmente em ré-si-sol-ré ou, mais raramente, em mi-si-sol-ré. O efeito assemelha-se ao do bandolim ou da bandurrilha.

Catupés

O catupés (ou catupês), é uma dança dramática ou folguedo provavelmente de origem negra. Há notícias de sua primeira apresentação em 1760, no Rio de Janeiro, durante as comemorações da coroação de Maria I.
Observada em Serro e Conceição do Mato Dentro, norte de Minas Gerais, a representação consiste num cortejo de negros que, antigamente, acompanhava as procissões de Nossa Senhora do Rosário, na segunda-feira do Espírito Santo e que, hoje, só aparece nas festas de São Pedro, por proibições eclesiásticas.

O cortejo caminha cantando pelas ruas, não havendo propriamente entrecho dramático. Assim, os catupés assemelham-se aos maracatus e às primitivas congadas.

As personagens vestem-se com saiotes de cetineta e adamascado de cores vivas, usam um peitoral enfeitado com laços, colcha de chitão às costas e capacete de penas. São guiadas pelo mestre, que usa máscara de papelão e toca reco-reco, assessorado pelo contramestre, que toca pandeiro. A rainha veste-se com sedas caras e usa uma coroa de prata juntamente com outra de rosas artificiais; sua cabeleira cacheada é feita de fibra de piteira.

À frente dos negros e da corte real, da qual a rainha participa, vão o mestre e o contramestre, dançando animadamente. Todos os acompanhantes da procissão cantam. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora

Catulé

O catulé é uma dança que durante muitos anos costumava aparecer no final dos pastoris, em Recife PE. Trata-se de uma espécie de coco-de-roda, também conhecido como coco-catolé, em que os figurantes simulam umbigada e castanholam com os dedos a cada vez que se pronuncia a palavra catulé.
A dança em geral é executada por dois personagens dos pastoris, o velho e a mestra, que entoam o seguinte refrão:

“Catulé é doce que só mel / Mas a casca amarga que só fel: / Minha comadre, tome catulé! / Meu compadre, tome se quisé!”.

Também designada catolé.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.