terça-feira, 1 de março de 2011

Arrepia

O lundu.
A arrepia é uma dança de origem portuguesa, corrente nos séculos XVIII e XIX, referida junto ao fandango, ao lundu e ao cumbé (dança negróide que passou de Portugal para a Espanha), e o que possibilita aproximar a arrepia das danças que no Brasil têm o lundu como tipo.

No Brasil faltam informações sobre ela, existindo apenas menção a uma dança nortista — arrepiada — citada por Gustavo Barroso. O autor não a define, mas a acompanha com a explicação de que as danças dos sertanejos nortistas são todas requebradas, sapateadas e com umbigadas. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Arara

O arara é uma dança lúdica do Amazonas, correspondendo ao vilão e existente também no Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.

Os pares dançam dispostos em circulo, e em dado momento surge um cavalheiro, sem par, trazendo um bastão enfeitado de flores: é o “arara” (bobo). A um sinal convencionado, cessa a música e os pares se desfazem. Novo sinal e os cavalheiros enlaçam as damas, surgindo então outro “arara”.

No Nordeste e no Sul não existe música especial para esta dança.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira -Art Editora.

Anu

Anu - Dança batida e valsada do fandango gaúcho, igualmente assinalada em São Paulo e no Paraná. É também dança de marcação, como a quadrilha. Formada a roda, comanda o marcante: “roda grande!”, e os figurantes se dão as mãos; “tudo cerra!”, e eles, de mãos dadas, começam a sapatear; e assim por diante. Ao fim de tudo, canta o tocador de viola.

Segundo a "Página do Gaúcho", o Anu é uma dança típica do fandango gaúcho e divide-se em duas partes totalmente distintas: uma para ser cantada, e outra para ser sapateada. Aproxima-se bastante da "Quero-Mana", principalmente pelo passeio cerimonioso que os pares realizam.

O período que o "Anu" gozou de maior popularidade, no Rio Grande do Sul, foi em meados do século passado. A partir daí - tal como ocorreu com as demais danças de fandango - foi cedendo lugar às danças de conjunto que surgiam, ou se amoldou às características desta nova geração coreográfica: daí haverem surgido variantes como o "anu de cadena", com nítida influência das danças platinas sob comando.

Em princípios deste século já estava em desuso na campanha rio-grandense, permanecendo vestígios, entretanto, nos bailes dos mais afastados rincões da Serra Geral.

Mana-chica

A mana-chica é mistura do fado com as quadrilhas de roça (Campos, RJ).
Mana-chica é uma dança figurada, existente em Campos RJ, que, segundo Alberto Lamego Filho, é coreograficamente uma legítima quadrilha.
Renato Almeida assim descreve a dança, na sua terminologia francesa: “Os pares começam girando em balancé. Depois, fazem chemin das dames, findo o qual, de novo se reúnem e dão várias voltas. A seguir, a grande chaíne com sapateado. Novo chemin des dames, enquanto os cavalheiros, frente a frente, sapateiam. Afinal, os pares se reúnem”.

Ainda segundo esse auto trata-se de um tipo de dança da qual fazem parte, sob a denominação geral de fado: marreca, andorinha, mineira, magatô, barabadás, feijão-miúdo, quindim, balão faceiro, gambá ou extravagância.

Alujá

O alujá é uma dança religiosa trazida ao Brasil pelo negros e executada exclusivamente nos recintos do culto (candomblé de origem banto, na Bahia).

Explica Edson Carneiro: "A orquestra toca a rebate, isto é, toca o alujá, uma espécie de marcha, enquanto os encantados (orixás) fazem a volta do canzuá (casa ou terreiro do candomblé), saudando com os braços unidos sobre o ventre, o busto inclinado, a assistência".

Segundo alguns autores, o alujá era um passo e não uma dança completa.