sábado, 30 de julho de 2011

Mono

O mono é uma dança do fandango de São Paulo. São oito pares dispostos em fileiras fronteiras, alternando-se um homem e uma mulher, em cada fileira, sem se enlaçarem.

Durante o canto, valsando e balanceando, os pares trocam e destrocam de posição.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - São Paulo - 1998 - 2aq. Edição.

Monada

A monada é uma dança do fandango valsado de São Paulo, semelhante ao enfiado.

Foi presenciada por Alceu Maynard Araújo, em 1947, no município de Xiririca (atual Eldorado Paulista) SP.

Supõe-se que a palavra é de origem espanhola, significando “rica”, “preciosa”.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha - São Paulo - 2a. Edição - 1998.

Modinha

A modinha é uma canção lírica, sentimental, derivada da moda portuguesa. Nos fins do século XVIII, em Portugal, a palavra moda tomou sentido genérico e com ela se designavam árias, cantigas ou romances de salão.

A voga que essa música vocal de salão adquiriu no reinado de Maria I se traduziu no trocadilho que se tornou de uso comum entre cronistas da época, “era moda, na corte de Maria I, cantar a moda”, cujos autores eram músicos de escola formados na Itália: João de Sousa Carvalho, Leal Moreira e Marcos Portugal

Quebrando o formalismo dessas modas cortesãs, surgiu nos serenins dos palácios de Bemposta, de Belém ou de Queluz, Portugal, a figura do brasileiro Domingos Caldas Barbosa (?1740—1800), poeta e tocador de viola. Protegido dos marqueses de Castelo Melhor, Caldas Barbosa, o Lereno da Nova Arcádia, sofreu a reação violenta dos poetas e escritores portugueses da época, principalmente Bocage, Filinto Elísio e Antônio Ribeiro dos Santos, que chegou a considerar sua presença como indício da dissolução dos costumes da corte portuguesa.

Moda-de-viola

A moda de viola é uma expressão da música rural brasileira que se destaca como sendo seu maior exemplo, entre outros ritmos e estilos formados a partir das toadas, cantigas, viras, canas-verdes, valsinhas e modinhas, união de influências européias, ameríndias e africanas.

Com uma estrutura que admite solos de viola e versos longos, intercalados por refrões, com letras extensas e que contam fatos históricos bem como acontecimentos marcantes da vida das comunidades onde são feitas, as modas de viola ganham vida independente do catira. 

A métrica geralmente é de sete sílabas (redondilha maior), aparecendo por vezes a de cinco sílabas (redondilha menor).

Deu origem a vários outros ritmos como a música caipira, música sertaneja, música de raiz, dentre outras.

Vários compositores, como os paulistas Teddy Vieira (da cidade de Itapetininga) e Lourival dos Santos (da cidade de Guaratinguetá), ambos falecidos e que foram bastante ativos entre os anos 50 e 60, se esmeraram neste gênero musical.

Nos dias atuais, os mineiros Zé Mulato & Cassiano estão entre os bons compositores e cantadores de modas de viola.

Fonte: Wikipédia.

Moda

A "moda" é uma palavra que em Portugal e no Brasil tem o significado genérico de canto, melodia ou música. Também designa no Brasil um tipo de canção rural, a moda-de-viola, ao que parece limitado aos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e Rio de Janeiro.

Pela natureza dos seus textos, em maioria absoluta as modas são legítimos romances, narrativas de fatos que impressionam a imaginação popular, casos de todo gênero, descrição satírica de costumes, histórias divertidas de bichos. Mais raramente, são líricas e amorosas.

Há também modas de um tipo que quase se poderia chamar surrealista, absolutamente desinteressadas da inteligibilidade lógica. A estas os caipiras dão o nome de moda-de-patacoada, isto é, de absurdo, de tolice.

Moçambique

Moçambique no Vale do Paraíba, São Paulo - 1991
O moçambique é uma dança dramática ou folguedo de origem negra e de assunto guerreiro. Tem coreografia bastante parecida com a das danças de combate das congadas.

O moçambique ocorre em São Paulo por ocasião das festas do Divino Espírito Santo, e em Goiás e Minas Gerais nas festas de Nossa Senhora do Rosário.

Rossini Tavares de Lima assinala que em São Paulo o folguedo aparece em qualquer época — geralmente nas grandes festas das cidades em cujos arredores se encontrem “companhias” (nome dos conjuntos). Em Taubaté e Aparecida do Norte SP, assiste- se a essa dança dramática aos sábados à noite e aos domingos. A autoridade principal é o mestre: dirige a música, a dança e zela pela moral do terno. É quem faz escolha dos personagens, que podem ser: rei, rainha ou princesa, general, capitão, contramestre, meirinho, capitão de linha, capitão de tiro e vida ou pontal.

Miudinho

O miudinho é uma dança dos salões aristocráticos do tempo da Regência, e mais tarde passada aos salões populares, já então com coreografia de par enlaçado.

Depõe Renato Almeida: “O miudinho é dança e um dos passos dos sambas. Eu mesmo tive ocasião de ver, na Bahia, as mulheres o dançarem em sambas-de-roda, de modo prodigioso. Avançam como se fossem bonecos de mola, com o corpo imóvel e um movimento quase imperceptível de pés, num ritmo rápido e sempre igual”.

Segundo Luís da Câmara Cascudo, “o miudinho era espécie de maxixe, já citado em 1832”.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Mineiro-pau

Mineiro-pau é uma dança de roda, uma das mais populares danças de pares soltos no Nordeste e  Cen tro do Brasil.

Assemelha-se à cana-verde (pelas virasdas de um lado para o outro), ao cateretê (pelo ritmo marcado com palmas) e ao batuque (pela menção das umbigadas).

Os participantes cantam em coro quadrinhas de qualquer assunto, intercalando cada verso com o estribilho: "Mineiro-pau! Mineiro-pau!".



Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Milindô

Coco de roda - Alagoas
O milindô é uma dança de roda do gênero coco, de pares femininos, provavelmente originária de Alagoas, na espécie de coco-de-roda, é comum no Crato e na região do Cariri CE, onde teria recebido denominação local.

Diferentemente do que ocorre no coco, em que só há um tirador de versos (tirador-de-coco), cada componente do milindô pode tirar versos, de sua própria composição ou de qualquer cantador popular. Os pares dispõem-se em círculo e, durante o estribilho (em coro), soltam-se da roda em movimento e dão uma volta completa. Então os pares podem ser trocados, mas sempre com os vizinhos, para não perturbarem a harmonia do folguedo.

Mestre-de-capela

Marcos Portugal, nomeado por D. João
mestre-de-capela (Rio de Janeiro, 1811)
O "mestre-de-capela" (italiano: maestro di cappella; francês: maître de chapelle) é o regente, o diretor da música de uma igreja, capela ou outro estabelecimento musical sacro ou profano, dispondo de um coro, orquestra, ou ambos. 

Na Alemanha, o termo é mais aplicado com referência ao diretor de uma orquestra particular de um príncipe ou outros grandes personagens. Nos países latinos, como o Brasil, o termo conservou-se até hoje vinculado ao sentido eclesiástico, correspondendo à capela de música de uma catedral ou igreja.

Meia-canha

Postam-se homens e mulheres em círculo a rodar. Sua principal característica é a troca de versos.
A meia-canha é uma dança e canto do fandango do Rio Grande do Sul. De origem ibérica, aí chegou proveniente da região do Prata.

Para a escolha dos participantes, um moço acena com um lenço, convidando uma parceira, que faz o mesmo sinal para outro rapaz, e assim por diante, até que estejam reunidos os pares. Ao som de uma polca forma-se uma roda, e um rapaz vai para o centro, tirando uma das moças. Sempre dançando, a roda gira em sentido contrário ao do par central. Depois de muitas negativas e requebros, o dançarino que está no centro ordena a parada da música e, de frente para sua dama, recita uma quadra que é respondida por ela. Recomeça a música, o par volta a dançar e em seguida a moça leva o rapaz até seu lugar na roda. Convida então outro moço e repetem-se os cantos e danças.

Maxixe

O maxixe é uma dança urbana surgida nos forrós da Cidade Nova e nos cabarés da Lapa, no Rio de Janeiro RJ, por volta de 1875. Estendendo-se aos clubes camavalescos e aos palcos dos teatros de revista, enriqueceu-se com grande variedade de passas e figurações: parafuso, saca-rolha, balão, carrapeta, corta-capim etc. Dançado inicialmente ao ritmo de tango, havaneira, polca ou lundu, só nos fins do séc. XIX as casas editoras o consideraram um gênero musical, imprimindo as músicas com essa qualificação.

Primeira dança genuinamente brasileira, do ponto de vista musical resultou da fusão do tango e da havaneira pela rítmica, da polca pela andadura, com adaptação da síncopa afro-lusitana (Mário de Andrade). Conhecido como a “dança proibida”, era dançado em locais mal-vistos pela sociedade como as gafieiras da época que eram freqüentadas também por homens da sociedade, em busca de diversão com mulheres de classes sociais menos favorecidas. Considerado imoral aos bons costumes da época, além da forma supostamente sensual como seus movimentos eram executados, o maxixe foi perseguido pela Igreja, pela polícia, pelos educadores e chefes de família.

Matungo

Em 1826 Debret retrata um tocador de berimbau em "Joueur d'Uruncungo"

O matungo é um instrumento folclórico de origem africana. É uma cuia com ponteiros de ferro.

Também é conhecida como mutungo. Matungo e mutungo também designam o urucungo.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Marujo

O marujo é uma dança do fandango rufado de São Paulo, semelhante ao recortado. 

Os versos fazem menção a algum naufrágio, uma vez que o marujo "Não tem nada de seu, / apenas uma camisa velha / que o piloto lhe deu". Esse aspecto pode filiar a dança, hipoteticamente, à nau-catarineta. O canto é de tom lamuriento.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Marrá-paiá

O marrá-paiá é uma designação dos grupos de moçambique em Parati RJ. O nome deriva de paiá, guizo amarrado por cintas de couro às pernas dos dançadores.

Durante as festas do Divino, de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito, costuma ocorrer a vinda de grupos de dançadores de marrá-paiá da cidade de Cunha SP, para abrilhantarem os festejos em Parati.

Já entre os moçambiqueiros do vale do Paraíba, marrá-paiá é o nome da primeira cantoria da dança, feita por um cantor-solista e ouvida em silêncio pelos figurantes, que permanecem imóveis, com os palás nas mãos. Depois, o mesmo canto é repetido em coro, enquanto os paiás são atados abaixo dos joelhos e a dança tem início.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.

Marrafa

A marrafa é uma dança do fandango de Parati RJ e do litoral paulista (Ubatuba, Cananéia, Itanhaém e llhabela).

São formadas duas rodas concêntricas, ficando as mulheres na interna e os homens na externa. As mulheres movimentam-se no sentido dos ponteiros do relógio, e os homens, ao contrário. A um sinal dos violeiros, os pares se defrontam.

As mulheres praticamente não saem do lugar, limitando-se a dar um passo muito pequeno para a direita. O cavalheiro balanceia com uma dama e depois desloca-se à direita, para balancear com outra. Esse passo é dado exatamente no momento em que o violeiro canta “Quebra na marrafa / quebra na marrafa”. O balanceio é feito sem que os pares se dêem as mãos.

A dança, que dura muito tempo, não tem palmeado nem sapateado. Pelo fato de estarem sempre rodando, os cavalheiros dançam várias vezes com a mesma dama. De vez em quando o violeiro faz uma brincadeira, que consiste em mandar quebrar a marrafa repetidamente.

Mariquita

A mariquita é uma dança do fandango, de existência provável no Rio Grande do Sul.

Não há maiores informações bibliográficas.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Marimba

A marimba é um instrumento folclórico de percussão, idiofone, também chamado marimbau. De origem africana, é formado por várias placas de madeira de tamanhos diferentes, como um xilofone, e tocado com duas baquetas.

Tem como ressoadores cabaças proporcionais ao tamanho das placas. Até o século XIX foi bastante popular no Brasil, estando, hoje em dia, praticamente em desuso, com referências ao seu emprego apenas nas congadas paulistas de São Sebastião, Ilhabela e Caraguatatuba.

Marimba e marimbau também designam o cordofone urucungo, em Belém PA. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora



quarta-feira, 20 de julho de 2011

Marimbondo

O maribondo ou marimbondo é uma dança de cunho jocoso, com a participação exclusiva de adultos, encontrada em Goiás.

Uma roda é formada pelos participantes, tendo ao centro um dançarino com um pote de água na cabeça, a quem perguntam: “Negro, o que que tem?”. O solista responde “maribondo, sinhá”, esfregando as mãos no rosto e no corpo, como se estivesse espantando os insetos que o estão ferroando.

Faz isso dançando e pulando, sem derramar a água do pote. Quando cansa, escolhe alguém da roda para substitui-lo; se a pessoa não quiser dançar, deverá pagar uma multa em bebida.

Os instrumentos acompanhantes dessa dança são pandeiro, caixa e caracaxá (reco-reco). 

Maria-cachucha

Fanny Elssler
A maria-cachucha é uma dança espanhola, cantada e sapateada, que se difundiu nas cidades e vilas do Brasil desde a segunda década do século XIX.
De acordo com Manuel Querino, os pares iniciavam a dança enlaçados; em seguida, apertavam as mãos e continuavam dançando separados, tocando castanholas com os braços erguidos de maneira graciosa. Sua melodia, usada com versos de fácil memorização, transformou-se em acalanto. Também conhecida como cachucha.

De acordo com a Wikipedia, a maria-cachucha era uma dança sapateada espanhola de compasso ternário. Por extensão o mesmo nome era dado à música que acompanhava essa dança.

Originária de Cuba mas relacionada com o fandango, era dançada principalmente na região da Andaluzia. Era normalmente dançada a solo por uma mulher, acompanhada de castanholas. Começava num movimento lento, que ia acelerando, até terminar num vivo volteio.

Esta dança teve alguma popularidade em França, divulgada pela dançarina Fanny Elssler, que a dançou na Ópera de Paris. Em Portugal foi popular a cantiga Maria Cachucha no século XIX, uma adaptação da cachucha espanhola. A palavra "cachucha" significava originalmente barco pequeno, chalupa.

Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira; Wikipedia.

Marcha-rancho

João de Barro (Braguinha)
A marcha-rancho no início conhecida também como marcha de rancho, começou como música produzida por grupos de instrumentistas, predominantemente de sopro, das chamadas “orquestras” dos ranchos carnavalescos cariocas de fins da primeira década do século XX, com ritmo mais dolente que o das marchas comuns e maior desenvolvimento da parte melódica.

A partir de fins da década de 1920, passa a ser composta por autores profissionais com a indicação de marcha de rancho, figurando como mais antigo exemplo conhecido dessa feição musical a “marcha de rancho com coro” intitulada Moreninha, de Eduardo Souto, gravada em 1927 no disco Odeon n 123.208.

Após experiências ainda presas à concepção das marchas de rancho (que pretendiam reproduzir a melodiosa e calma ondulação dos desfiles dos ranchos carnavalescos), o novo estilo encontrou seu modelo em 1938, na composição de Noel Rosa e João de Barro As pastorinhas, passando a definir-se definitivamente como marcha-rancho.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora

Marchinhas carnavalescas


O samba, gênero musical que data bem antes de 1916, ano da gravação de Pelo telefone, de Donga, passou a ser sinônimo de Brasil. Mas na disputa entre os dois gêneros, o samba e a marchinha, durante bom tempo, ao menos na época do carnaval, o segundo reinou soberano nos salões de baile.

Por isso, contar a história das marchinhas é, de certa forma, narrar a história do Carnaval. Por baixo do pó-de-arroz, as marchinhas faziam sucesso desde os primeiros anos do século. Espécie de embrião das escolas de samba, os cordões de foliões agitavam as ruas do Rio de Janeiro. E nas  festas, eles cantavam e tocavam marchinhas.

Marcha

A marcha, também chamada de marchinha, por sugestão do tom alegre e brejeiro e o ritmo vivo com que é composta para os foliões dos blocos de rua ou cordões de salão, é música de compasso binário, com marcação acentuada do tempo forte, para facilitar as passadas dos carnavalescos, que realmente marcham ao acompanharem seu ritmo.

lnicialmente calmas e bucólicas, quando presas a sua raiz de canto e dança de cordões e ranchos folclóricos do ciclo de Natal, as marchas tiveram seu andamento acelerado a partir da segunda década do séc. XX, por influência da música comercial norte-americana da era das jazz-bands.

Como exemplo do primeiro tipo de marcha, figura a composição intitulada Ò abre alas, composta em 1899 por Chiquinha Gonzaga, considerada, em termos históricos, a primeira marcha feita especialmente pare o Carnaval; como exemplo do segundo estilo, as marchinhas carnavalescas do pianista e compositor José Francisco de Freitas, o popular Freitinhas, como Eu vi Lili e Zizinha, de 1926.

A marcha destinada expressamente ao Carnaval só começou a ser produzida com regularidade por compositores profissionais da era do disco a partir do sucesso das músicas Pé de anjo, de José Barbosa da Silva, o Sinhô, em 1920, e Ai amor, de Freire Júnior, em 1921.

Caracterizadas pelo andamento vivo e por letras sobre temas da atualidade, explorados de maneira maliciosa (por vezes com segundo sentido) ou irônica, as marchas carnavalescas passaram — pela leveza desse seu tom brejeiro — a ser chamadas a partir da década de 1930 mais comumente de marchinhas.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Marca

Marca são diversas posições dos pares de uma dança coletiva ou cada uma das seqüências de passos executados.

O termo foi usado em antigas danças coletivas de salão, como a quadrilha, os lanceiros etc. A palavra é encontrável também, com o mesmo sentido, em várias danças folclóricas, como as do fandango.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Maracá

O maracá é um instrumento folclórico de percussão, de origem ameríndia. Na sua forma original é um chocalho feito de uma cabaça cheia de seixos ou sementes, com um cabo de madeira.

Hoje, no seu feitio corrente, o corpo vibrante é composto por dois cones de latão soldados pelas bases, quando recebe também os nomes de xere (no xangô de Pernambuco) e de adjá (no candomblé da Bahia).

Com pequenas modificações na forma e material, ou dependendo da localização geográfica, é ainda chamado aguaím, caracaxá, ganzá, guaiá, granzal e outros. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora. 

Mar-abaixo

Mamãe, cadê o pandeiro/ o pandeiro o rato roeu/ Valei-me Nossa senhora/ O pandeiro não era meu
O mar-abaixo ou marabaixo é uma dança popular no Amapá, principalmente em Mazagão Velho (distrito de Mazagão), e levada a efeito em geral a partir do sábado de Aleluia, prolongando-se até o domingo do Espírito Santo.

Mais que um bailado específico, o mar-abaixo é um grande baile onde cabem vários tipos de danças, acompanhadas por dois tambores, solo e coro. Dele participam homens, mulheres e crianças. Os homens vestem camisas com bordados, calças brancas, chapéu de palha enfeitado de flores e fitas, enquanto a indumentária feminina consiste em camisolas de renda, saia de chita estampada e anáguas.

Durante os festejos, são abundantemente distribuídas bebidas alcoólicas, em especial a mucura, mistura de aguardente com ovo batido, limão e açúcar. Dada a improvisação dos figurantes, a coreografia é arbitrária. Ora os dançarinos formam filas, abraçados uns aos outros, ora se separam e organizam filas três a três ou permanecem isolados frente a frente, dançando ao som da música em compasso binário. Os passos variam conforme os toques das caixas.

Mantiquira

A mantiquira é uma dança do fandango rufado de São Paulo. Quando cessa o canto do violeiro, os cavalheiros, num gesto cortês, pegam da mão da dama que se acha à sua retaguarda e, depois, na da que está à sua frente.

Fazem uma cortesia ao novo par e passam para sua frente, sapateando e batendo palmas. O violeiro canta nova quadra e o estribilho, e assim a dança prossegue, alternando-se canto e sapateio.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.

Manjericão

O manjericão é uma dança do fandango valsado de São Paulo. Enlaçados, os pares dão um passo para frente e outro para trás, depois viram, sempre num passo balanceado que lembra um puladinho de lado.

Enquanto cantam o estribilho, os pares dão-se as mãos e fazem uma volta em torno do salão.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira – Art Editora.

Mangonguê

O mangonguê é um atabaque muito usado no samba de negros de engenho no tempo da escravatura, no vale açucareiro do Ceará-Mirim (Rio Grande do Norte).

Medindo aproximadamente um metro, é percutido com os dedos unidos de ambas as mãos, alternadamente, ficando preso entre as pernas do tocador que, ao seu ritmo, dá pulos e balançados. Também chamado magonguê, reaparece às vezes no bambelô das praias nordestinas. 

Luís da Câmara Cascudo recolheu as seguintes designações para o atabaque:

“Os de maior tipo, dois metros a um metro e meio, são ingono, engoma, ingomba, ngomba, angoma, angomba-do-congo, correspondendo ao rum baiano; zambê, menor, mais estreito, valendo o rumpi; gonguê, mangonguê, perenga (Goiás, Mato Grosso) é o mesmo surdo ou chama pequenino, percutido com a mão, trazendo-o o tocador amarrado ao cinto. É o menor tambor da família, o ritmador por excelência, de sonoridade seca, persistente, atravessando a massa de todo o batuque. É ainda de dimensões mais reduzidas que o lê.

Aos mangonguês, na cidade de Natal RN, dizem sempre o chama, do verbo “chamar”, porque rara pessoa desatende ao convite do seu ritmo, deixando de entrar no folguedo.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora. 

Maneiro-pau

O maneiro-pau é um bailado de roda existente no Ceará e dançado exclusivamente por homens.

A principal característica da dança, que tem semelhanças musicais com a capoeira, é o uso de pequenos bastões entrechocados pelos participantes para acentuarem a nota dominante do canto, que lembra o baiano.

O cantor-solista atua sem instrumental, incentivando o jogo e fazendo nascer um coro formado pelos assistentes, que gritam “Maneiro pau, maneiro pau!”.

Segundo o site  Danças do Brasil é "dança oriunda do cangaço, possivelmente da região caririense, mas hoje tomando parte de todas as programações festivas do interior do Ceará. Todos os participantes cantam sob o refrão que dá o nome ao folguedo – maneiro-pau!

Dançam todos em roda, com os cacetes que portam, batem-nos fortemente no chão, de forma ritmada. De quando em vez, enquanto uns depõem os cacetes no chão, outros usam-nos para duelarem entre si, fazendo-o cadenciadamente."

Fonte: Danças do Brasil; Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.

Mandado

O mandado é uma dança e também marca final do fandango de São Paulo. Um dos dançadores, em dado momento, se destaca dos demais e manda que estes executem determinados passos ou movimentos.

Também conhecida como mandadinho, essa dança tem muito da quadrilha. No Rio Grande do Sul é citado como um dos floreios de sapateado do antigo fandango.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.

Mana-joana

A mana-joana é uma dança da região de Campos, Rio de Janeiro, semelhante à mana-chica, com a diferença de que os homens usam chapéu, tirando-o em cortesia diante das damas, a cada figura que executam.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Malembe

O malembe é um cântico rogatório de misericórdia, entoado no candomblé de origem banto.

Era reservado para situações difíceis ou perigosas, individuais ou coletivas, e destinava-se a abrandar o coração dos orixás.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Macumba

Cena de Macumba - 1955 (Antonio Gomide)
A macumba é um culto fetichista afro-brasileiro com ritual baseado no canto e na dança. A designação é do Rio de Janeiro. A finalidade do culto está na propiciação e invocação de divindades (orixás ou santos), manifestadas através dos iniciados, na maioria mulheres.

Os pontos são cantos especiais entoados para chamar e saudar as entidades sobrenaturais, que se apossam dos iniciados durante a cerimônia. A música e a dança são os principais fatores dos fenômenos de possessão verificados no culto.

Mário de Andrade fornece detalhada explicação sobre como atua a música de macumba: 

Macumba (2)

Macumba é um instrumento folclórico de percussão de origem africana, de princípio idêntico ao do reco-reco.

Melo Morais Filho assinalou-o em 1748, durante a coroação de um rei negro no Rio de Janeiro, referindo-se ao “som de rapa das macumbas em grande número”.

Como é freqüente, no Brasil, dança e instrumento acompanhador terem o mesmo nome, é possivel que no culto religioso homônimo se tenha utilizado do instrumento, daí nascendo seu nome. 

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.



Maculelê


O maculelê, segundo Alceu Maynard Araújo, é uma “dança guerreira, praticada por negros baianos, jogo de bastões num ritmo vivaz marcado pelos tambores e agogô. O canto é individual e intercalado pelo coro, onde se destacam as vozes infantis. Só homens participam dessa dança de agilidade e destreza. No centro dança sempre o melhor do grupo, escolhendo o parceiro com o qual vai esgrimir”. 

Existe em Salvador e Santo Amaro BA.

Os bastões usados pelos dançarinos recebem o nome de esgrimas ou grimas. Os figurantes vestem-se de branco e aumentam o tamanho da boca, pintando de vermelho os lábios.

O maculelê é remanescente do cucumbi, e hoje tem vida própria. O emprego de bastões torna-o aparentado a outras danças, como o moçambique de São Paulo, o bate-pau de Mato Grosso, o vilão de Santa Catarina, o tum-dum-dum do Pará, o chico-do-porrete do Rio Grande do Sul.

Machete

O machete é um instrumento folclórico cordofone que soa por dedilhado, maior que o cavaquinho e menor que a viola, embora tenha também, como esta, dez cordas simples ou, mais exatamente, cinco duplas.

Muito usado no cururu rural em São Paulo, é também conhecido por machetinho, machim, machinho, mochinho.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Nau-catarineta

A nau-catarineta é uma dança dramática com enredo tragicômico de uma nau sem rumo. Os personagens são o tenente-general, o capitão-patrão, o imediato, o piloto, o capitão-de-artilharia, o médico, o capelão, o contramestre, o gajeiro, o vassoura e o ração — os dois últimos, personagens cômicos. Melo Morais Filho menciona também um personagem por nome surjão (cirurgião).

Alguns participantes, vestidos de marinheiro e carregando nos ombros pequeno navio de velas içadas, desfilam no centro de um cortejo, que atravessa as ruas dançando e cantando uma marcha. Enquanto caminham, os personagens imitam o andar balançado, característico dos marujos de longo curso, e vão entoando uma canção que prenuncia os combates.

Chegados a um ponto determinado ou a uma casa, o navio é depositado, e começa a representação. O contramestre, de chapéu na mão, apresenta sua infantaria, e o auto desenvolve-se em torno do navio, sob a direção do capitão, que marca com apitos o início e o fim de cada um dos numerosos episódios, às vezes mesclados com fatos relativos a lutas contra os mouros. Isso ocorre no Ceará, na Bahia e na Paraíba, enquanto que em Pernambuco e Rio Grande do Norte não aparecem mouros nem lutas.

Nhá-maruca

Comunidade de Sapatu em Iguape SP, dançando a Nha Maruca. Parte do patrimônio cultural dessa comunidade, a Nha Maruca é uma espécie de fandango batido, onde os homens sapateiam com os tradicionais tamancos de madeira ao som da viola. Os quilombolas ensaiam e se apresentam na região.
A nhá-maruca é uma dança do fandango valsado do litoral paulista, também conhecida como inhá-maruca.

Semelhante ao enfiado: damas e cavalheiros alternados formam uma roda e, durante a coreografia, os pares vão trocando de posição.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Nhaninha

Nhaninha ou nhã-aninha s.f. Dança do fandango paulista, rufado (Itanhaém) ou valsado (Iguape). Enquanto os cavalheiros batem os pés, as damas sarandeiam. Os versos cantados falam de amores apaixonados.

Segundo o site Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (http://www.cnfcp.gov.br/tesauro/00001748.htm) "é uma dança de pares com formação em círculo relacionada entre as danças dos municípios gaúchos, paranaenses, paulistas e fluminenses do litoral.

Na coreografia utiliza o bate-pé intenso dos cavalheiros, enquanto as damas zarandeiam graciosamente. O "zarandeo" das damas e o "passo-une-passo", à semelhança do paso doble, lembram a origem espanhola de muitas danças rio-platenses, praticadas por brasileiros do sul do país, sobretudo gaúchos. Faz parte do baile do fandango."

Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora; Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular.

Nhô-chico

Fandango do litoral do Paraná
O nhô-chico é uma das danças do fandango, popular no litoral do Paraná, tida como originária da marinha paranaense.

Formados em roda, os pares volteiam e sapateiam ao som de violas e do canto dos violeiros. A assistência acompanha a dança com meneios e trejeitos do corpo.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Novena-do-caju

A novena-do-caju é uma cerimônia dançada, muito comum em Belém PA e Pilar PB, durante os festejos de Nossa Senhora da Conceição (8 de dezembro) ou de Santa Luzia (13 de dezembro).

A novena é cantada pelos fiéis em frente ao altar da santa, numa casa de família. Concluída a cantoria, o dono da casa, batendo palmas, convida os presentes a beijarem os pés da imagem. As mulheres, que trazem um cravo branco nos cabelos, aproximam-se uma a uma para o beija-pé. Depois é a vez dos homens, que chegam aos pares. Quando terminam, a dança começa.

É interessante observar que, embora a novena-do-caju tenha cunho religioso, caracteriza-se por dança excitante e sensual, acompanhada por tambor, bombo e pífaro. Após a dança os figurantes, em ritmo de marcha, percorrem as casas amigas.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.

Opanijé

O opanijé é uma dança religiosa de origem africana, um dos bailados destinados ao orixá Xangô, nos candomblés jeje-nagôs da Bahia. Para Édison Carneiro, esse nome designa a música instrumental dedicada ao orixá Omulu.

Em círculo, as filhas-de-santo vão cantando o mais alto possível, até que começam a cambalear, num movimento meio trôpego, os braços dobrados, erguidos e abaixados segundo o ritmo.

De repente, uma delas estende-se no chão, apoiada nas mãos e nos pés, as pernas bem esticadas, e toca com a testa o solo defronte dos tambores. Grita “ei-ii !” (grito que denuncia a presença de Xangô), fica de pé num salto e se joga espasmodicamente para a frente; a seguir, repete a exibição.

Depois aparece na roda uma jovem de turbante cor-de-rosa e dourado, trazendo na mão direita uma adaga de latão, de 45 cm de comprimento. De olhos fechados, começa a dançar violentamente, golpeando o ar com a adaga, para a esquerda e para a direita, à medida que o andamento dos tambores vai se acelerando.

Entra na roda outra filha-de-santo, dançando em passos ágeis e fingindo bater com a mão na jovem de turbante. Ficam as duas dançando, fingindo beijar-se, mas sem se tocar; o rufar dos tambores se acelera mais ainda, e elas vão se aproximando, de maneira tal que o choque parece inevitável. É quando as outras filhas-de-santo avançam rapidamente e seguram as duas jovens pela cintura, separando-as, enquanto o andamento da percussão vai diminuindo.

O-velho-fica-e-a-moça-vai

O o-velho-fica-e-a-moça-vai é uma dança do fandango valsado de São Paulo.

Os pares no salão, tem início a dança com o canto dos violeiros, que entoam uma quadrinha qualquer, de cunho tradicional, acrescentando ao fim o estribilho que dá nome à dança: “O velho fica e a moça vai / Caiu no meu braço, ai, ai !”. Cada vez que esse estribilho é cantado, as damas trocam de cavalheiro.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha.

Pagode

O pagode é uma palavra usada há 450 anos pelo quinhentista português Jorge Ferreira de Vasconcelos, na "Comédia Ulissipo", escrita em 1547, para designar diversão do povo urbano (“Bailem cabrões de sol a sol com mulatas!.. ./ ... / façam pagodes..." ).

O termo ressurgiu no Brasil no início da década de 1950 para denominar, simultaneamente na música popular urbana e na rural comercializada, qualquer reunião festiva animada por música e dança (O pagode está redondo, samba de Raul Marques e Amadeu Veloso, Continental 16.139-B de janeiro de 1950; Pagode bom, rancheira de Zequinha Torres e Bentinho, gravada por Xerém e Bentinho, Odeon 13.258-B, janeiro de 1952).

A partir da década de 1970, “pagode” passou a indicar, com freqüência, na música sertaneja comercial, um gênero de ritmo vivo semelhante ao antes chamado de recortado e, na urbana, um tipo de samba vagamente ligado ao estilo do partido-alto, mas transformado em fórmula sonora repetitiva, à base de marcação de surdo e centro de cavaquinho (ou banjo) e melodia fácil e linear.

Pagará

O pagará é uma dança do fandango de São Paulo e Rio Grande do Sul, onde é cultuada nos centros tradicionalistas.

Destaca-se nela a elegância do ponteio. Também conhecida como pagaré.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Paiá

O paiá é um instrumento folclórico de percussão de uso universal. Trata-se de uma pulseira de couro, com guizos de cobre, presa às pernas dos dançarmos, abaixo dos joelhos ou acima dos tornozelos.

Pode apresentar a forma de pequenas latinhas cilíndricas, contendo no interior pedrinhas ou sementes, com pequenas alças por onde passa o cordel para ser amarrado na perna. Também chamado conguinho, inguaiá, matunga, gungas ou maçaquaia.

Segundo o site Jangada Brasil, é utilizado no moçambique, constitui-se de uma correia com guizos metálicos, originalmente feitos de cobre. Os guizos variam de tamanho e material, de acordo com a possibilidade de adquiri-los no mercado. Existe um tipo de paiá formado por uma espécie de chocalho de lata, com passadeiras para os fios de barbante ou embira. O instrumento é usado aos pares e preso às pernas dos dançadores logo abaixo dos joelhos ou em seus tornozelos.

Sua amarração possui ritual especial dentro da realização do folguedo. No início da cantoria, os dançadores permanecem parados com os instrumentos nas mãos, ouvindo o canto chamado Marra o paiá entoado pelo mestre, contramestre e coro. Enquanto os versos se repetem, abaixam-se e amarram seus paiás, dando início à dança:

Pra marrá nosso paiá, olê, olá
Temo nossa garantia, olê, olá
Será conta do Rosário, olê, olá
Do santo da nossa guia, olê, olá

De acordo com Alceu Maynard Araújo, os paiás atuais descendem das "remotas axorcas de origem árabe, usadas aqui no Brasil pelos escravos, e dos antigos paiás que eram feitos de pequenas cestas de taquara tendo encerradas sementes de capiá". (Araújo 1964).

Fontes: Jangada Brasil - Realejo; Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Macaxixi


O macaxixi é um instrumento folclórico de percussão do tipo chocalho. Consiste numa cestinha fechada, também chamada gongo, de forma cônica, com cerca de 10 cm de comprimento por uns 5 cm de diâmetro, contendo sementes, utilizada pelo tocador de urucungo no acompanhamento do jogo de capoeira e nos cultos de candomblé.
Como instrumento acompanhador dos cocos de Alagoas, recebe o nome de peneira. Esta já apresenta inovações: uma pequena cesta feita de cipó de titara, com fundo de folha-de-flandres, ou cabaça, toda fechada e cheia de caroços de chumbo.

Os cantadores enfiam os polegares na asa da peneira e batem com os outros dedos, o que provoca um ruído característico e que serve de acompanhamento ao coco. O mesmo que caxixi, mucaxixi.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Maçaquaia

Chocalho indígena
A maçaquaia é um instrumento folclórico de percussão, espécie de chocalho em forma de balainho, com quase um palmo de comprimento e uns três cm de diâmetro, cheio de frutinhas secas, chamadas caetês.

Tipo de amarrar à perna
Era usado em suas danças pelos negros de origem moçambicana, amarrado às pernas por um cordel, logo acima dos joelhos. Instrumento equivalente era utilizado pelos nossos índios.

Conforme sua origem ameríndia ou africana, é também chamado auaiú, aiapá e machacá. Designa ainda uma pulseira de guizos de nome paiá.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.