terça-feira, 1 de março de 2011

Anu

Anu - Dança batida e valsada do fandango gaúcho, igualmente assinalada em São Paulo e no Paraná. É também dança de marcação, como a quadrilha. Formada a roda, comanda o marcante: “roda grande!”, e os figurantes se dão as mãos; “tudo cerra!”, e eles, de mãos dadas, começam a sapatear; e assim por diante. Ao fim de tudo, canta o tocador de viola.

Segundo a "Página do Gaúcho", o Anu é uma dança típica do fandango gaúcho e divide-se em duas partes totalmente distintas: uma para ser cantada, e outra para ser sapateada. Aproxima-se bastante da "Quero-Mana", principalmente pelo passeio cerimonioso que os pares realizam.

O período que o "Anu" gozou de maior popularidade, no Rio Grande do Sul, foi em meados do século passado. A partir daí - tal como ocorreu com as demais danças de fandango - foi cedendo lugar às danças de conjunto que surgiam, ou se amoldou às características desta nova geração coreográfica: daí haverem surgido variantes como o "anu de cadena", com nítida influência das danças platinas sob comando.

Em princípios deste século já estava em desuso na campanha rio-grandense, permanecendo vestígios, entretanto, nos bailes dos mais afastados rincões da Serra Geral.


Coreografia: O Anu é legítima dança de pares soltos, mas não independentes. É dança grave (na parte cantada e nos passos cerimoniosos) mas ao mesmo tempo viva e algo pantomímica (mais usuais) que compõe o "Anu" rio-grandense; cada figura pode ser mandada repetir, pelo marcante, à voz de "Outra vez que ainda não vi!"


Anu-chorado - Dança do fandango rufado ou batido, assinalada no litoral paulista. Além do rufar dos pés, há nesta dança o acompanhamento de uma única viola, afinada de maneira diferente da usual. É o violeiro quem dá início à função, cantando uma quadra. Depois os cavalheiros rufam os pés e batem palmas em volta da dama. Cessadas as palmas, o violeiro entoa nova quadra, enquanto os dançarmos descansam nas posições originais, cavalheiros diante das damas.

Anu-corrido - Dança do fandango do litoral paulista. Semelhante ao anu-velho, só que mais bailada do que rufada. Ao contrário do que acontece no anu-velho, terminado o rufar de pés, o cavalheiro dança com sua dama.

Anu-velho - Dança do fandango do litoral paulista,semelhante à quero-mana. Logo que as mulheres entram, os homens, que estavam alinhados em fileira, movimentam-se, para com elas formarem uma grande roda, alternando um homem e uma mulher. Enquanto o cavalheiro rufa os pés, a dama sai dançando, na direção de outro par. O cavalheiro vai alternando o patelo com os passos de marcha normal, locomovendo-se, assim, em torno do salão, no sentido dos ponteiros do relógio.

Fontes: Página do Gaúcho; Enciclopédia da Música Brasileira.

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