terça-feira, 29 de março de 2011

Canção de protesto

Geraldo Vandré
A canção de protesto é um gênero de canção de origem universitária, com que, a partir de 1965, os jovens compositores da classe média do Rio de Janeiro e de São Paulo aspiravam dar consciência, às grandes camadas da população, dos problemas político-econômicos do Brasil.
Lançada com o show Opinião e com as músicas de crítica social do compositor Alberto Ribeiro, no espetáculo Joana em flor, de Reinaldo Jardim, do Teatro de Arena, do Rio de Janeiro, a canção de protesto teve popularidade nos festivais de música popular da segunda metade da década de 1960, desaparecendo praticamente a partir da proibição da canção Para não dizer que não falei das flores, também conhecida por Caminhando, de Geraldo Vandré, em 1968.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Cana-verde

A cana-verde é uma dança de origem portuguesa, adaptou-se, como outras manifestações, à região em que se enraizou e adquiriu características próprias no Brasil. Faz parte dos fandangos dos estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.
São duas rodas, uma de homens, outra de mulheres, que dançam em sentido contrário. Sem se tocarem, revezam de lugar, formando novo par. Cada vez que se defrontam, dão uma batida de palmas. Quando os pares mudam durante a dança inteira, esta tem o nome de cana-verde-de-passagem (Minas Gerais).

Caninha-verde

A caninha-verde ou cana-verde é uma dança dramática ou folguedo que ocorre no Ceará. Apresenta episódios em prosa, onde um padre (personagem cômica) realiza grotescamente a imitação dos sacramentos da confissão, comunhão e casamento.
Esse tipo de representação ocorre também na ciranda amazonense e em algumas versões nordestinas do bumba-meu-boi.

Segundo o site www.ceara.com.br, a caninha verde é uma dança-cordão de origem portuguesa, introduzida no Brasil durante o ciclo da cana-de-açúcar.

No Ceará começou a ser conhecida no início do presente século, nas praias de Aracati e passou a ser comum nas colônias de pescadores, estendendo-se aos festejos mominos e eventos diversos.

Apresenta também elementos de outros folguedos, tais como: casamento matuto (quadrilha junina), mestres e a formação de cordões (pastoril).

Fontes: www.ceara.com.br; Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Cambitinhos

O cambitinhos é um instrumento folclórico idiofone, de percussão por entrechoque, usado na dança dramática caiapós de Poços de Caldas, Minas Gerais.
São pedaços de madeira em forma de espátula, medindo 25 por 5 cm, que certos figurantes levam nas mãos, batendo um contra o outro, para marcar o ritmo.

Cambindas

Cambindas são grupos coreográficos existentes na Paraíba, dos quais Rodrigues de Carvalho, em 1903, dá notícia: “Os dançadores levam todo o tempo acocorados num movimento de sapo, que acompanha a música”.
Luís Saia, chefe da Missão de Pesquisas Folclóricas enviada em 1938 pelo Departamento de Cultura da prefeitura de SP ao Norte e Nordeste, declarou que já naquela época não se dançavam  as cambindas, substituída por um bailado semelhante ao maracatu pernambucano, seja, cortejo conduzindo uma boneca.

Havia outrora em Recife PE grupos semelhantes aos maracatus e também chamados cambindas, sobre os quais Guerra-Peixe colheu informações que permitem agrupá-los em três versões:

Camaleão

O camaleão é uma dança de vários pares, executada de maneira semelhante à da chula, e comum no interior do Rio Grande do Norte e Paraíba.
As cantigas que a acompanhavam incorporavam versos populares, além do seguinte estribilho obrigatório: “Amarra camaleão/ amarra meu bem também”.

"Essa dança, agora é encontrada nos festejos de colheita na Paraíba, alusiva ao lagarto, muito comum no sertão deste Estado. 

Calundu

O calundu é um termo, caído em desuso, que até meados do século XVIII era sinônimo de candomblé ou macumba. Também significa mal-humor.
Segundo o Dicionário Aurélio, a palavra "calundu" tem origem angolana e vem da palavra kilundu, que é um ente sobrenatural que dirige os destinos humanos entrando no corpo de uma pessoa, a torna triste, nostálgica, mal-humorada:

"...o tédio, a amargura, os choros sem motivo, os calundus, os chiliques” (Jorge Amado, Teresa Batista Cansada de Guerra, p. 156); “...deu palmada de acalmar calundu nas costas de mana Chica” (Jorge Macedo, Gente de Meu Bairro, p. 89).

Calango

O calango é uma dança popular em Minas Gerais (Bicas, Caratinga, Barbacena e Oliveira) e no Rio Janeiro. Consiste em baile e canto, que se podem realizar junta ou separadamente.
É dança de par enlaçado, em ritmo quaternário ou binário, sem grandes complicações coreográficas, já que repete os passos do samba urbano comum ou do antigo tango ou tanguinho carioca. 

O calango também aparece no Nordeste, onde é apenas cantado, sem dança, na forma de solo e refrão: o solista diz as quadrilhas e o coro repete o refrão.

Caixa

A caixa é um pequeno tambor cilíndrico, com corpo de madeira e couro nas duas bases, percutido de um só lado com duas baquetas de madeira.
Instrumento de procedência européia, é o mesmo que se vê empregado nas orquestras e nas fanfarras militares. Os exemplos usados pelo povo são geralmente de fabricação manual.

Usada, entre outras danças, no moçambique, congadas, samba rural, folia-de-reis e folia-do-divino. A caixa de menor altura é também chamada taró ou tarol e a de altura média, caixa-clara ou caixa-de-guerra.

Instrumento muito usado nas baterias das escolas de samba para preencher com uma frase rítmica variável, de acordo com a concepção do diretor de bateria, os dois tempos dos compassos. Essa frase é repetida em um ou mais compassos ao longo de toda a música ou de uma de suas partes.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira.

Caiumba

Caiumba é a denominação dada à dança do batuque em Campinas, São Paulo, segundo registros de Carlos Gomes.
O "batuque da umbigada", também chamado "caiumba", é uma dança africana que veio com os escravos bantos, trazidos para São Paulo, onde trabalharam na cultura de cana e café. Originalmente, em Angola, a umbigada faz parte de rituais de casamento e fertilidade, uma confraternização de odne celebravam a uniao dos gêneros.

Caiapós

Caiapós é uma dança dramática, ou folguedo, de inspiração ameríndia, realizada durante festas religiosas. Segundo Rossini Tavares de Lima, aparece no Estado de São Paulo e em regiões limítrofes de Minas Gerais.
Consiste num cortejo de participantes alinhados dois a dois, que dançam pelas ruas tendo à frente o cacique. Este leva a tiracolo uma buzina de chifre. Usam de arco e flecha, e de vez em quando interrompem o desfile, executando saltos característicos da dança, em louvor ao cacique.