sábado, 19 de março de 2011

Atabaque

O atabaque é um instrumento folclórico membranofone, de percussão direta (manual). Nome genérico com que pelo menos na Bahia, no Rio de Janeiro e em São Paulo são designados tambores oblongos, com couro em uma só boca.
A palavra, de origem persa (tablak), é corrente na Ásia e na África, parece que tanto ela quanto o instrumento foram introduzidos no Brasil por negros de duas procedências: sudaneses e bantos.


Na Bahia encontram-se diversas variedades de atabaques iorubas, os menores denominados batás e os maiores, ilus e batá-cotôs. No candomblé são utilizados três tipos: o rum (grande), o rumpi (médio) e o lê (pequeno). No candomblé-de-caboclo, o roncó. No Rio de Janeiro existe o surdo, pequeno tambor, assim chamado por produzir um som cavo.

Luis da Câmara Cascudo recolheu as seguintes designações para atabaque: “Os de maior tipo, dois metros a um metro e meio, são ingono, engoma, ingomba, ngomba, angoma, angomba-do-congo, correspondendo ao rum baiano; zambê, menor, mais estreito, valendo o rumpi; gonguê, mangonguê, perenga (Goiás, Mato Grosso) é o mesmo surdo ou chama pequenino, percutido com a mão, trazendo-o o tocador amarrado ao cinto. É o menor tambor da família, o ritmador por excelência, de sonoridade seca, persistente, atravessando a massa de todo o batuque. É ainda de dimensões mais reduzidas que o lê.

Aos mangonguês, na cidade de Natal RN, dizem sempre o chama, do verbo “chamar”, porque rara pessoa desatende ao convite do seu ritmo, deixando de entrar no folguedo.

Registram-se ainda • ingome, engono, pai-toco, pai-joão, João, angonapuíta, carimbó, guanazamba, tambu e caxambu para os atabaques grandes; joana, angona, candongueira, candongueiro, sangavira, quinjengue, mulemba e mulema para os médios; cadete, um pouco menor e guzunga, chama-de-puíta e biritador para os pequenos.

O mesmo que tabaque, tambaque.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.

Nenhum comentário:

Postar um comentário